quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Garibaldi é eleito presidente do Senado


O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) foi eleito nesta quarta-feira (12) - por 68 votos favoráveis, oito contrários e duas abstenções - o novo presidente do Senado, para um mandato tampão que se estende até o dia 1º de fevereiro de 2009. Substituto do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), após este ter renunciado ao cargo na semana passada, Garibaldi assume a presidência da Casa tendo como principal missão, segundo anunciou, recuperar a imagem da instituição perante a sociedade.
Garibaldi não teve concorrente na disputa pelo cargo. Foi candidato único porque a tradição, na Casa, é que a Presidência fique com o partido que tiver maior número de senadores. Portanto, a indicação coube ao PMDB, que tem 20 das 81 cadeiras do Senado.
A sessão extraordinária do Senado, prevista para ter início ao meio-dia, começou com atraso de uma hora. Aberta pelo presidente interino, senador Tião Viana (PT-AC), foi pública, mas a votação foi secreta e por meio do painel eletrônico.
Antes de começar o processo de votação, foi dada a palavra ao líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), que apresentou oficialmente a candidatura de Garibaldi pelo partido e agradeceu o apoio de todos os líderes partidários à indicação.
Com apenas três ausências entre os 81 senadores, a eleição à Presidência do Senado foi considerada tranqüila. Após receber os primeiros cumprimentos dos colegas, Garibaldi subiu à tribuna para fazer seu primeiro pronunciamento como presidente.
Compromisso
Garibaldi iniciou seu discurso de pouco mais de 30 minutos conclamando a todos os senadores a partilharem com ele a "árdua missão de devolver ao Senado toda a credibilidade que conquistou em sua trajetória". Agradeceu ao senador José Sarney (PMDB-AP) e ao líder do partido, Valdir Raupp (RO), oimportante papel que desempenharam e que culminou na sua eleição.
O presidente eleito também colocou seu nome, ao lado da assinatura do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), em carta enviada por este partido de oposição, com reivindicações para recuperar a imagem do Poder Legislativo e construir uma agenda de prioridades para o Senado.
- Quero dizer que não tenho, em nenhum momento, vacilação em assinar e zelar por todos esses compromissos - garantiu Garibaldi.
Logo após, falou o líder do PSDB. Arthur Virgílio afirmou que seu partido indicaria a senadora Marisa Serrano (MS) como candidata avulsa, mas desistiupor acreditar que Garibaldi vai atuar com independência em relação aos demais Poderes, procedendo às reformas política e tributária, bem como convocando sessões do Congresso Nacional para apreciar os vetos presidencias e colocando na pauta do Senado projetos importantes para a Nação.
Já Pedro Simon (PMDB-RS), que concorreu com Garibaldi pela indicação do PMDB ao cargo, disse que tem pelo colega respeito e admiração. Afirmou, no entanto, que sabia que não seria o indicado do seu partido devido a divergências internas, mas criticou declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que ele não seria "de confiança" para ocupar o cargo.
O líder do DEM, José Agripino (RN), deu um conselho ao novo presidente:
- Procure agir com isenção e dar legitimidade a seu mandato, com desempenho à altura do povo brasileiro - afirmou.
Gerson Camata (PMDB-ES) pediu a Garibaldi que exercite a "ética e a moral" durante sua gestão e nomeie uma comissão técnica para fazer um "profundo estudo do Regimento Interno", a fim de atualizá-lo e mordenizá-lo.
A líder do PT, Ideli Salvatti (SC), elogiou a atuação do presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), na condução dos trabalhos da Casa.
Os líderes do PCdoB, Inácio Arruda (CE) e do PRB, Marcelo Crivella (RJ), além dos senadores Magno Malta (PR-ES), Eduardo Suplicy (PT-SP), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Cristovam Buarque (PDT-DF), Efraim Morais (DEM-PB) e Romeu Tuma (PTB-SP) também usaram da palavra para desejar sucesso ao colega.

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